Livro 'Casa Grande Sem Senzala' explora arte, identidade e decolonialidade em residência artística

Novela será lançada em live no dia 27 de março; obra une arte e recorte racial

Capa de Casa Grande Sem Senzala - crédito: Maria Amélia Fonseca


A novela "Casa Grande Sem Senzala" (Black Brazil Art, 190 págs. R$ 75,00), livro de estreia de Patricia Brito Knecht, será lançada oficialmente em uma live especial no dia 27 de março, quinta-feira, às 19h. Na ficção, o livro acompanha oito artistas de diferentes origens e linguagens criativas durante três meses em um sobrado colonial, palco histórico marcado pelas memórias do período escravocrata. O livro pode ser adquirido pelo site blackbrazilart.com.br.

Durante uma residência artística imersiva, os participantes vivenciam trocas afetivas e sensoriais, elaborando obras enquanto confrontam suas próprias identidades e as estruturas coloniais que permeiam suas realidades. Esse processo, marcado por erotismo, sensualidade e resgate ancestral, transforma o antigo sobrado colonial, antes símbolo da opressão histórica, em espaço de criação, acolhimento e transformação.

A publicação também é o primeiro título de ficção lançado pela Black Brazil Art, entidade responsável pela Bienal Black e Residência Artística Virtual Compartilhada. ’Casa Grande sem Senzala’ é uma novela sobre o encontro entre pessoas, afetos e saberes distintos. Ela propõe uma travessia sensível rumo à decolonialidade, mostrando como a arte é capaz de ressignificar nossas relações e transformar dores em processos de cura através da escuta profunda", define a autora Patricia Brito Knecht

"O livro traz à tona a importância de espaços coletivos, onde o companheirismo e o acolhimento são o eixo central - uma metodologia que, há anos, guia o programa de residência artística da Black Brazil Art, que serviu em parte como fonte de inspiração para a obra, e que tem obtido resultados tão significativos justamente por apostar na empatia e na partilha como ferramentas transformadoras", conclui a escritora natural de Porto Alegre (RS).


Live especial marca lançamento do livro

A live especial de lançamento contará com as escritoras Terezinha Malaquias (Alemanha), autora do livro "Três Mulheres"; Juliana Araújo (São Paulo), autora do livro "O Tempo das Coisas"; Sandra Coleman (Estados Unidos), autora do livro "Merendas e Afeto"; além de Patrícia Brito, autora do livro "Casa Grande Sem Senzala". O evento será mediado pela artista e escritora Luciana Rosário, diretamente de São Paulo.

A live Conversatório Literário-BBA será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Black Brazil Art no dia 27 de março, às 19h, com acesso aberto ao público.


Serviço:

Lançamento do Livro "Casa Grande Sem Senzala", de Patrícia Brito Knecht

Novela | 190 pgs | ISBN:  978-65-990125-4-9 | R$ 65,00

Quando: 27 de março (qui), às 19h

Local: Canal do YouTube Black Brazil Art

Mediação: Luciana Rosário (artista e escritora, SP)

Convidadas: Terezinha Malaquias (Alemanha), Juliana Araújo (SP), Sandra Coleman (EUA) e Patrícia Brito (RS)


Redes sociais

Site oficial: blackbrazilart.com.br| Facebook:/BlackBrazilArt

Instagram: @bienalblackbrazilart | Twitter:@blackbrasilart | YouTube: /BlackBrazilArt


Sobre a autora

Patrícia Brito Knecht

Patrícia Brito Knecht é curadora independente, historiadora e museóloga. É idealizadora e fundadora da Black Brazil Art, criadora do Salão de Arte Afro-Brasileira do RS, da Bienal Black, do Festival Arte Sem Fronteiras e da Residência Artística Virtual Compartilhada — esta última inspirou a presente novela.

Nascida em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é associada à Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), à International Association Women Museum (IAWM) e à Rede Europeia de Brasilianistas de Análise Cultural (REBRAC).


Convidadas

Juliana Araújo

Escritora, artista visual com ênfase na cerâmica, uma curiosa, amante da vida e das artes. Ceramista autodidata, a artista desenvolve um trabalho de pesquisa e valorização da cerâmica brasileira através dos saberes ancestrais do fazer cerâmico. Como escritora relata suas escrevivências através de contos e publica dois livros na Flip ( festa literária de Paraty) em 2024. O tempo das coisas, anotações e apontamentos de uma mulher transformada pela arte, pela MAAT selo feminino da editora Ibis Libres, e co-autora do livro (Re)surgindo do silêncio, pela editora do Instituto Langage.


Terezinha Malaquias

Multiartista, editora, escritora e autora de nove livros. Do jeito da Gente tem versão alemã e inglesa. Três Mulheres, seu décimo livro, será lançado em maio. É bilíngue: português/alemão. Escreve tanto para o público adulto quanto para o infantil. Começou a escrever poemas com 11 anos. Nasceu com alma de artista e segue fazendo arte por onde passa. Trabalha com diversas linguagens, principalmente com texro, vídeo, fotografia e performance. Mora na Alemanha desde 2008.


Sandra Coleman

Sandra R. Coleman - Mestra em Estudos Profissionais e Bacharel em Artes com concentração em Espanhol, ambos pela Universidade do Estado de Nova York (SUNY New Paltz). Coordenadora do Selo Presença e Poder. Educadora Social, palestrante.


Luciana Rosário - mediadora

É membro da Comissão Assessora de Diversidade Étnico -Racial (CADER - UNICAMP); Pós -Graduanda em Epidemiologia - FCM -UNICAMP; Co -Criadora da obra “DNA PRETO” exposta da 3 a BIENAL BLACK no Rio de Janeiro e na Mostra de Arte de Brasileiros em Socorro; Escritora e promotora da Oficina de Escrita Criativa ocorrida na mesma Bienal supra mencionada; Voluntária no “Projeto Mudando a Minha História” além de Fisioterapeuta e Gestora Administrativa. 


Redes sociais

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Instagram: @bienalblackbrazilart | Twitter:@blackbrasilart | YouTube: /BlackBrazilArt


Sobre a Bienal Black Brazil Art:

Realizada de novembro de 2019 a março de 2020, com a temática Mulheres (in) Visíveis - a bienal percorreu as três capitais da região sul do Brasil em 12 espaços de artes, com o propósito de dar visibilidade para mulheres anônimas, principalmente as mulheres negras em galerias e museus. Ao todo foram apresentadas mais de 320 obras de mais de 160 artistas. Ainda em 2020 promoveu o ciclo online Arte Sem Fronteiras. Em 2022, a Bienal preparou-se para sua segunda edição, desta vez em formato virtual. Tem a missão de promover a diversidade cultural nas artes e o reconhecimento e a inclusão de artistas e práticas artísticas decoloniais com atenção especial às mulheres. A BBA procura manter uma presença vigilante e crítica em relação às políticas e ações dos corpos artísticos e culturais, com o objetivo de melhor reconhecer os artistas e oportunizar espaço de reflexão e troca.