O
espetáculo “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal” estreia, dia
5 de fevereiro, no Teatro Glaucio Gill
Com
texto de Gillray Coutinho e direção de Leonardo Netto, a peça cria um encontro entre
Aderbal Freire-Filho e Gláucio Gill durante um programa de entrevistas, numa
homenagem aos dois artistas
Aderbal Freire-Filho (1941-2023) foi um diretor
teatral por excelência. E não apenas pelos mais de 60 espetáculos encenados em
quase cinco décadas de carreira. Era um artista que falava sem ponto de corte,
com gestos exuberantes, como se interpretasse cada uma de suas ideias. Esse
doce e genial personagem estará de volta aos palcos, a partir de 5 de
fevereiro, na peça “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal”. Além
de Aderbal, a montagem homenageia Gláucio Gill (1932-1965), na programação de
reabertura do teatro que leva o nome do dramaturgo. Dirigido pelo ator e
administrador Rafael Raposo, o Teatro Glaucio Gill é mantido pela Funarj, vinculada
à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Governo do Rio de
Janeiro.
Com texto de Gillray Coutinho e direção de Leonardo
Netto, o “Show do Gláucio apresenta o teatro aberto de Aderbal” leva à cena um
fictício encontro entre Aderbal Freire-Filho e Gláucio Gill. O dramaturgo foi também o precursor dos talk shows no país, ao se
tornar apresentador do programa "Show da Noite", da TV Globo. Foi
durante uma apresentação de seu programa, ao vivo, que Gláucio Gil sofreu um
ataque cardíaco fatal, aos 32 anos. A peça se passa nesse ambiente, quando Gláucio
recebe Aderbal para um inusitado e divertido programa de TV, com números
musicais, brincadeiras e uma entrevista sobre a obra do diretor. No elenco,
estão Ana Barroso, Carmen Frenzel, Cláudio Mendes, Marcello Escorel, Thiago
Justino e Xando Graça.
“Aderbal foi um diretor fantástico, que já faz
muita falta para o teatro brasileiro. Neste espetáculo, eu procurei reunir não
só dados biográficos, mas recriar, um pouco, o personagem Aderbal. Nós levamos
à cena também o jeito dele, a forma de se expressar, suas ideias sobre a vida e
sobre o teatro, brincadeiras e piadas”, conta o autor Gillray Coutinho que
conheceu o diretor aos 18 anos.
Cearense, Aderbal se mudou para o Rio de Janeiro em
1970. Trabalhou no Brasil, em outros países da América do Sul e na Europa.
Dirigiu, entre muitos outros, os espetáculos “Apareceu a Margarida”, “O Tiro
Que Mudou a História” e “Turandot ou Congresso dos Intelectuais”. Fundou um
gênero teatro, o romance-em-cena (“A Mulher Carioca aos 22 Anos”, “O que Diz
Molero” e “O púcaro búlgaro”) e criou grupos como o Centro de Demolição e
Construção do Espetáculo, fundado em 1989 e sediado no próprio Teatro Glaucio
Gill. Também esteve à frente da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais,
em defesa da dramaturgia nacional. E Gláucio Gill, apesar da morte precoce, deixou
grandes sucessos como “Toda Donzela Tem Um Pai que é Uma Fera" e
"Procura-se uma Rosa", que inspirou o filme italiano "Una Rosa
per tutti". Também atou em teatro e televisão e fundou o Teatro Santa Rosa
no início dos anos 60.
“Aderbal e Gláucio eram de uma grande inquietação
artística”, lembra o diretor Leonardo Netto, que trabalhou com Aderbal em seis
espetáculos. “A ideia da peça é homenagear não só os dois, mas outros grandes
inquietos e talentosos do nosso teatro que já se foram. Além deles, falamos de
Camila Amado, Domingos Oliveira, Ney Latorraca... Então, é um espetáculo com um
olhar muito carinhoso para nós, que fazemos teatro”, conclui.
O Teatro Gláucio Gill reabre depois de um ano de obras de renovação
na parte elétrica, hidráulica, reforma de mezanino, camarins, fachada,
letreiro, banheiros e poltronas. “O teatro está com mais conforto e segurança,
com novas cadeiras e fachada, além de assentos laterais modulares, que permite
diferentes ocupações do espaço. Também teremos uma galeria de arte e
reabriremos o teatro que temos no andar de cima, que será um cabaré. Em 2023,
antes da reforma, estávamos com uma taxa de ocupação do espaço de 93% de sua
capacidade, e queremos garantir uma programação da maior qualidade para esse
público”, celebra o diretor do teatro, Rafael
Raposo.
Ficha técnica:
Texto: Gillray Coutinho
Direção: Leonardo Netto
Elenco: Ana Barroso,
Carmen Frenzel, Cláudio Mendes, Marcello Escorel, Thiago Justino e Xando Graça
Vozes em off: Fernando
Rossas Freire e Ricardo Kosovski
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenário: Mina Quental
Figurino: Luiza Fardin
Assistente de figurino: Jéssica Garcia
Costureira: Railda Costa
Cenotécnico: André
Salles
Operadora de luz: Yasmin Lira
Operador de som: Gabriel Lessa
Fotos de cena: Dalton Valério
Foto arte gráfica: Nil Caniné
Artes gráficas: Luciana Mesquita
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Coordenação e direção de produção: Beta Laporage
Assistente de direção de produção: Márcia Santos
Assistentes de produção: Miguel Drocari
e Marcio Netto
Produção
executiva: Cacau Gondomar e Sandro Rabello
Realização: Voleio Cultural
Serviço:
Temporada: de 5 a 28 de fevereiro
de 2025
Teatro Glaucio Gill: Praça Cardeal Arcoverde, s/nº Copacabana
Dias e horários: quarta a sexta-feira, às 20h
Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia-entrada)
Duração: 75 minutos
Lotação: 100 pessoas
Classificação Etária: 14 anos
Venda de ingressos: IMPLY
Horário da bilheteria: nos dias de apresentação, a partir das 15h. Sábados
e domingos a partir das 14h